AUTORAS[1]:
Arismar Lourenço de Maria
Giovanna Costa de Vasconcelos
Jade Santos Rosas
Este trabalho resulta de experiências
vivenciadas durante as ações do projeto de extensão Lá Li Gibi, iniciado em
2014 e realizado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em parceria com a
Biblioteca Popular Riacho do Navio (BPRN), localizada em Piranhas, cidade do
sertão alagoano.
Nosso interesse é transpor o espaço
físico da biblioteca, de modo a aproximá-la das pessoas que frequentam da praia
da Penha, localizada no município de João Pessoa/PB. Objetivamos compreender
aspectos relacionados ao impacto desta ação extensionista, visando o
desenvolvimento do hábito da leitura pela população.
Reconhecemos nas histórias em
quadrinhos um gênero textual indissociável da linguagem literária, por possuir
palavras e elementos visuais que produzem sentido, estimulam e favorecem o
desenvolvimento do hábito da leitura e o repertório vocabular, no processo de
criação do texto.
Ler, imaginar e criar são as propostas
do projeto, que encontra fundamento na compreensão de que a leitura é uma
prática imprescindível que clarifica o pensamento e incita a imaginação.
Inferimos que o caráter itinerante
dessa biblioteca proporciona ações que destacam a necessidade de ler e o quão
prazeroso pode ser o momento da leitura (ROSAS, 2014), além de favorecer a
superação dos índices de analfabetismos funcional e absoluto, de modo que torne
possível um ir além da imediatidade que a subescolarização, a pobreza e todas
as suas sequelas possam ensejar.
Os frequentadores da Praia da Penha se
mostram resistentes ao projeto, tornando visível o nosso desafio quinzenal, aos
domingos, e afirmando uma falta de identificação com o mundo da leitura.
Para reverter a resistência dos
‘potenciais usuários’ da biblioteca itinerante, reconhecemos a importância do
papel que desempenhamos para a formação de leitores e, além de
disponibilizarmos o acervo, realizamos contações de histórias contextualizadas
e auxiliamos na produção de histórias em quadrinhos, que se desenvolvem a
partir da imaginação e acúmulo de conhecimentos e experiências do leitor/autor.
Acreditamos que o Projeto de Extensão
“Lá Li Gibi” implementa práticas de letramento, não apenas pelo caráter
semiótico que tal proposta põe em destaque, mas também pelas ações deflagradas,
que implicam em uma prática social que possibilita o despertar
crítico, indispensável para o desenvolvimento social dos sujeitos.
Referência
ROSAS, Judy Mauria Gueiros. Lá
li gibi. Projeto de extensão. PROBEX/UFPB. João Pessoa, 2014.
[1] Arismar e Jade
são alunas do curso de Letras/Português e Giovanna é aluna do curso de
Pedagogia, da Universidade Federal da Paraíba.
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