Grafite, preconceito e o poder libertador das artes

Denilson Vinícius tem 17 anos e é estudante da rede municipal de educação de João Pessoa (PB). Ele encontrou no grafite uma forma de se expressar, de externar para o mundo as suas paixões, suas ideias e suas vivências.

          O rap, a violência que acompanha a vida das pessoas incluídas nas camadas pobres da sociedade e o próprio grafite são temas abordados por ele em seus desenhos.

        Oportunidades e reconhecimento público muitas vezes são palavras desconhecidas para aqueles que não integram a parte mais abastada da população.

Infelizmente, pessoas, no Brasil, ainda são estigmatizadas pela sua cor, renda, sexo, sofrem preconceitos e vivem desigualdades que muitas vezes impedem que seus trabalhos sejam aceitos como arte.

          Denilson é um entre tantos jovens que por não se encaixarem em certos padrões encontram, tantas vezes, as portas do reconhecimento fechadas. 
        Apesar de o grafite estar ganhando espaço na grande mídia, esta arte ainda é estritamente ligada às ruas, carregada de contestação e, sem dúvida, uma eficaz ferramenta de transformação.

         Sendo um dos pilares do projeto Lá Li Gibi o reconhecimento e a celebração da cultura negra, abrimos este espaço para expor o trabalho do jovem talentosíssimo Denilson Vinícius.

            É com alegria que neste momento inauguramos esta exposição.