segunda-feira, 20 de julho de 2015

CONVERSA SOBRE GOSTAR DE LER




Não raro ouvimos a afirmação de que, no Brasil, a maioria das pessoas não lê. Pesquisas comprovam tal situação. Indicadores oficiais de mensuração das habilidades de leitura e escrita das crianças e jovens em idade escolar confirmam o drama da leitura no Brasil. Na escola, a rejeição pela leitura é notória.
Entretanto, durante as ações do projeto Lá Li Gibi, de estímulo ao desenvolvimento do hábito da leitura, temos comprovado que as nossas crianças e jovens não só respondem positivamente às nossas atividades, como se envolvem, se concentram e se divertem... lendo e escrevendo.
 
Solução mágica para um problema persistentemente dramático? Nem de longe!
Nas reflexões que realizamos em torno da problemática da leitura, sem a intenção de sermos aligeirados e superficiais, inferimos que esta, na escola, é uma atividade envolta em situações nada estimulantes.
Nos cursos de formação de educadores, reiteradamente, evocam-se discussões acerca da dimensão lúdica da aprendizagem, da consideração do contexto em que se insere o sujeito da educação (o aluno e a aluna) e das aprendizagens significativas.
Daí perguntarmos: nós, educadoras e educadores, temos conseguido pôr em prática estas indicações? Como podemos ir além da chatice das práticas de sala de aula e garantir aprendizagens necessárias, cuja precondição é o hábito da leitura?
 
Ao ser que aprende brincando, o sujeito da educação, devem-se oferecer situações em que a diversão assuma seu caráter educativo. E os jogos, enquanto efetivas situações de leitura e de escrita, podem substituir os exercícios de memorização e os treinos repetitivos.
 
        No projeto Lá Li Gibi temos utilizado bingo, jogos de tabuleiro (como o ludo), a forca, o macarrão de letrinhas, o cano sussurrador de textos, a oficina de desenho e produção de histórias em quadrinhos e os gibis, como suportes para aprendizagem e para o reforço do entendimento de que ler é divertido e necessário.
     
           
         A partir da experiência acumulada temos realizado atividades com estudantes do ensino fundamental que comprovam a eficiência das nossas ações, e que causam espanto nos educadores mais céticos, sobre a capacidade de concentração e envolvimento dos discentes mais resistentes em participar da rotina escolar.















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