Não
raro ouvimos a afirmação de que, no Brasil, a maioria das pessoas não lê.
Pesquisas comprovam tal situação. Indicadores oficiais de mensuração das
habilidades de leitura e escrita das crianças e jovens em idade escolar
confirmam o drama da leitura no Brasil. Na escola, a rejeição pela leitura é
notória.
Entretanto,
durante as ações do projeto Lá Li Gibi, de estímulo ao desenvolvimento do
hábito da leitura, temos comprovado que as nossas crianças e jovens não só
respondem positivamente às nossas atividades, como se envolvem, se concentram e
se divertem... lendo e escrevendo.

Solução
mágica para um problema persistentemente dramático? Nem de longe!
Nas
reflexões que realizamos em torno da problemática da leitura, sem a intenção de
sermos aligeirados e superficiais, inferimos que esta, na escola, é uma
atividade envolta em situações nada estimulantes.
Nos
cursos de formação de educadores, reiteradamente, evocam-se discussões acerca
da dimensão lúdica da aprendizagem, da consideração do contexto em que se
insere o sujeito da educação (o aluno e a aluna) e das aprendizagens
significativas.
Daí
perguntarmos: nós, educadoras e educadores, temos conseguido pôr em prática
estas indicações? Como podemos ir além da chatice das práticas de sala de aula
e garantir aprendizagens necessárias, cuja precondição é o hábito da leitura?
Ao
ser que aprende brincando, o sujeito da educação, devem-se oferecer situações
em que a diversão assuma seu caráter educativo. E os jogos, enquanto efetivas
situações de leitura e de escrita, podem substituir os exercícios de
memorização e os treinos repetitivos.
No
projeto Lá Li Gibi temos utilizado bingo, jogos de tabuleiro (como o ludo), a
forca, o macarrão de letrinhas, o cano sussurrador de textos, a oficina de
desenho e produção de histórias em quadrinhos e os gibis, como suportes para
aprendizagem e para o reforço do entendimento de que ler é divertido e
necessário.
A
partir da experiência acumulada temos realizado atividades com estudantes do
ensino fundamental que comprovam a eficiência das nossas ações, e que causam
espanto nos educadores mais céticos, sobre a capacidade de concentração e
envolvimento dos discentes mais resistentes em participar da rotina escolar.
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