Fui surpreendida, recentemente, pela observação de um colega que, meio de brincadeira meio de crítica, publicamente falou que eu "vivia no facebook". Pega de surpresa, apenas respondi-lhe que estava trabalhando. Obviamente, a minha resposta serviu para que seu riso aflorasse: de graça ou deboche, não sei.
O que me restou foi uma profunda vontade de contribuir para que as pessoas em geral percebam que facebook e blog, por exemplo, são formidáveis ferramentas recreativas e também de informação.
Conto uma história.
Nos meses finais do ano de 2012, em pleno exercício do meu trabalho de docente numa universidade federal nordestina, percebi-me assoberbada de atividades profissionais que já me impediam de desfrutar do encantamento que me proporcionava ir à cidade de Piranhas, em Alagoas.
Atividades estas resultantes dos novos padrões de exigência impostos aos docentes, como expressão do perverso processo de precarização do trabalho, bem como da aceleração da perda de capacidade financeira, resultante de histórica política de achatamento de salário.
Atividades estas resultantes dos novos padrões de exigência impostos aos docentes, como expressão do perverso processo de precarização do trabalho, bem como da aceleração da perda de capacidade financeira, resultante de histórica política de achatamento de salário.
A casinha que possuo em Piranhas passou a ficar até mais de um ano fechada.
A tomada de consciência acerca desta ausência involuntária propiciou a deflagração de um movimento de transformação da casinha num espaço de conhecimento, informação e aprendizagem, que culminou com a invenção da Biblioteca Popular Riacho do Navio, da qual este blog é uma cria.
Hoje, longe estamos de fazê-la funcionar plenamente. Mas, ainda assim, formamos um belo grupo de gente que acredita ser a nossa biblioteca um instrumento de disseminação de situações em que a leitura se destaque.
Volto ao objetivo inicial desta postagem: contribuir para que as pessoas em geral percebam que facebook e blog, por exemplo, são formidáveis ferramentas recreativas e também de informação.
Blog
O blog, como é amplamente
conhecido na atualidade, é um dos resultados do boom da internet. Tal palavra é a contração
do termo inglês weblog, ou 'diário
virtual', utilizado inicialmente, em 1997, por Jorn Barger, e que, dois anos mais
tarde, desmembrado por Peter Merholz, assumiu seu formato atual: blog.
Inicialmente utilizado
como um diário virtual, sua penetração entre os usuários da rede mundial de
computadores não só conferiu-lhe o caráter de neologismo, mas também o
disseminou, tanto como substantivo (o blog), como um verbo
(blogar), que caracteriza a ação de realizar postagens ou editar blogs.
As pessoas que administram blogs passaram a ser denominadas de blogueiras.
O fato é que a administração de uma ferramenta com tamanho alcance
e cuja produção é acessível, mesmo àquelas pessoas que não possuem conhecimento
profundo sobre programação e utilização de recursos mais sofisticados da
internet, em pouco tempo deixou de ser um mero diário virtual e passou a ser
uma das ferramentas mais acessadas. Hoje, há blogs sobre várias temáticas, que
são atualizados com várias frequências e que não só divertem, mas informam. Há blogs que se especializam e assumem o status
de real biblioteca virtual.
A utilização do blog no Serviço de Alerta ou no Serviço de
Disseminação Seletiva da Informação em bibliotecas, museus e arquivos é de
extrema importância. Pelo seu alcance e também pela possibilidade de ser
frequentemente atualizado, o blog constitui-se numa poderosa fonte de
uso e acesso à informação. Através do blog, por exemplo, podem-se
divulgar obras digitalizadas e de difícil acesso físico. Artigos, teses,
dissertações, monografias, ideias podem ser disponibilizadas para consulta.
Imagens e vídeos também são materiais que podem ser objeto de postagens. Mais.
Através do blog é possível estabelecer diálogos com os usuários que, ao
realizarem comentários, auxiliam no processo de planejamento e redirecionamento
do material publicado.
(Autora: Judy Rosas)
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